A situação, tão comum e traumática para todos, se repete:
- Como vai ficar minha nota? Como será o próximo professor? Será chato? Será bom?
- A coordenação desesperada tenta buscar outro profissional para preencher a lacuna.
E todos pensam: que irresponsabilidade do profissional deixar uma turma no meio do período.
- O docente, por outro lado, sofre por deixar uma turma a mercê da sorte, desgaste emocional, trabalho pela metade, mas sabendo da impossibilidade das coisas melhorarem, se enche de folego e coragem e parte para uma nova escola, uma nova turma, novos desafios.
É o caminho mais fácil, falar mal do professor e esquecer que o docente é um operário do conhecimento.
Muitas vezes com jornada dupla ou tripla, para conseguir uma vida digna, e como todo profissional tem anseios a ser supridos.
É o dinheiro que faz um professor abandonar a turma?
-As vezes.
É o cansaço?
- As vezes.
Problemas particulares?
- As vezes.
Mas na maioria da vezes, ao conversar com outros educadores, descobri que o "desrespeito" é a maior causa.
Seja o desrespeito dos alunos, da direção, dos seus pares ou do governo, caracterizando um "bulyng" no profissional.
Um professor demora no mínimo 16 anos de estudo para se formar, entre ensino fundamental, ensino médio e graduação, e docente que se preza, não se sujeita a isto, por mais que precise.
Havendo oportunidade melhor, irá embora como todo bom profissional.
Simples assim, porque além de docente é gente, é pessoa, tem familia, filhos, sentimentos e sonhos.
E nenhuma pessoa merece ser desrespeitada ou destratada.
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